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Rede Asbran e filiadas promovem campanha para redução de açúcar e sal

O Brasil vive um processo de transição nutricional importante. Recentes estudos apontam avanços, mas também desafios que precisam ser enfrentados com agilidade e responsabilidade. Já convivemos com o crescimento da obesidade e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que chegam a afetar de maneira preocupante crianças e adolescentes.

Principais agentes causadores destes males, o sal e o açúcar têm ocupado a mídia e motivado campanhas por sua redução na alimentação, visando minimizar os danos ao bem-estar das pessoas.
Estudos apontam que o consumo de açúcar aumentou drasticamente nas últimas quatro décadas, devido ao seu uso generalizado em muitos alimentos e bebidas (frutas enlatadas, geleias, doces em pasta, bolos, pudins, tabletes, pó para bebidas, refrigerantes). Da mesma forma, os brasileiros têm exagerado no uso de sal na comida, mais que o dobro recomendado pela Organização Mundial da Saúde. E o consumo de alimentos industrializados colabora também para esse excesso. Muitos destes alimentos já entram nas residências com uma carga elevada de sal e geralmente esta carga é acrescida no preparo doméstico.
A Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), consciente de sua responsabilidade frente à ciência da Nutrição e à saúde pública, lança este mês uma campanha que pretende informar de maneira clara às pessoas e especialmente aos profissionais da área sobre a importância de se incentivar e praticar a redução do açúcar e sal na alimentação diária.
“Nosso objetivo é somar com outras boas iniciativas e provocar uma mudança real nas escolhas alimentares do brasileiro. Mas para isso é preciso gerar informação prática, que possa ajudar e não complicar o entendimento. Também queremos que o profissional e estudante de Nutrição se engajem neste movimento, praticando e incentivando mudanças”, afirma a presidente da Asbran, Marcia Fidelix. Ela acrescenta: “as pessoas não precisam ‘banir’ os alimentos com açúcar ou sal da sua vida, apenas evitar o consumo excessivo, dando preferência a alimentos com baixo teor de açúcar ou sal e observando as informações trazidas nos rótulos”.
A campanha será promovida até o final do ano no meio eletrônico, em sites de parceiros e na rede social.
O QUE É IMPORTANTE SABER
A alimentação saudável é uma importante estratégia para promoção da saúde. Vale destacar que alimentação saudável é aquela que contém os nutrientes em quantidades equilibradas para as necessidades do organismo humano. Todas as pessoas precisam de algum tipo de açúcar para viver e esse açúcar pode ser obtido de cereais integrais, frutas, sucos, legumes e verduras. A atenção ao uso exagerado de açúcar é importante.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as recomendações para o consumo de açúcar simples, do total dos açucares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. Isso inclui todo o consumo de glicose, sacarose e frutose. Portanto, deve-se ter atenção para a ingestão de bebidas, massas, doces, pães e principalmente no açúcar presente nos sucos de frutas.
Quando ingerimos açúcar em excesso, seja através do uso excessivo de alimentos refinados, ultraprocessados, ou diretamente através do açúcar de adição (presente em doces, balas, refrigerantes, achocolatados, entre outros), o pâncreas, glândula responsável pela produção da insulina, fica sobrecarregado, já que a insulina é um hormônio requisitado para carrear a glicose do sangue para a célula para a produção de energia. A glicose, estando em excesso – e se a energia não for consumida -, será convertida em gordura e se acumulará no organismo, causando doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, dentre outras.
Outro nutriente que se torna vilão se consumido em excesso é o sódio que é um elemento químico encontrado no sal de cozinha (cloreto de sódio) e em grande parte dos alimentos, principalmente processados para maior conservação.
O sódio é nutriente essencial para nosso organismo, pois contribui para a regulação osmótica dos fluidos e atua na condução de estímulos nervosos e na contração muscular.  No entanto, ao consumi-lo em excesso, colabora para o desenvolvimento da hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e renais, entre outras que estão entre as primeiras causas de internações e óbitos no Brasil e no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a recomendação do consumo máximo de sódio é de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, equivalente a 5g de sal, sendo que 40% do sal são compostos de sódio.
O Guia Alimentar para a População Brasileira orienta que a recomendação de sal não deve ultrapassar 5g por dia que equivale a uma colher de chá de sal. Na maioria das vezes imaginamos o sal como somente aquele que adicionamos ao preparo da comida, mas não é bem assim, pois o sal é utilizado no processamento de diversos alimentos industrializados. Existem alimentos que são ricos em sódio e nem percebemos, como os embutidos, por exemplo, salsichas, presunto, linguiças, conservas, etc.
Por isso, é importante observar os rótulos das embalagens e comparar a quantidade de sódio nos alimentos, optando sempre por aquele que possui menos sódio/sal. Se a quantidade de sódio for superior a 400mg em 100g do alimento, este é considerado um alimento rico em sódio, sendo prejudicial à saúde, devendo ser evitado.
 
Fonte: Portal Asbran – www.asbran.org.br
Informações: imprensa@asbran.org.br